sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Flávio Galindo - Presença e Ausência - Medos de Viver.





Jeito de menina. Postura de mulher. Decisões pra toda uma vida. Conquista as pessoas pelo seu jeito de ser, sua forma carinhosa, seus olhares, seu sorriso, sua face. Nas coisas simples, ela cativa. É especial. Isto não quer dizer que ela seja perfeita. Todos erram, cometem loucuras, atos momentâneos, se machucam, machucam alguém mesmo não querendo.

Ela aprendeu com o tempo que, sendo paciente, podemos ir longe, mas que também temos de ser perseverantes com o que queremos. Nunca dá o braço a torcer. Quando tem uma ideia, um objetivo, ela coloca em prática e vai até o fim. Estudiosa, tem diversos talentos, uma excelente profissional disposta a crescer sempre. Aprendeu que o amor paterno e materno são aqueles que nunca a deixará, que mesmo errada, eles estarão ali, ao lado dela, porque acreditam em sua capacidade de melhorar.

Já se distanciou de pessoas sem querer. Já viu o mundo desabar em suas costas. Já presenciou o medo, o ódio, a alegria, o amor. Já teve fé (e continua tendo). Já chorou por horas e horas e ninguém a ouvia. Já deu tanta risada que precisou correr ao banheiro. Já bebeu até cair. Já gritou para que o mundo a ouvisse. Já fez o oposto para dar certo e tirou lições de vida que amadureceram-na. Já foi insegura. Já sentiu ausência. Já se entregou a vida. Já pulou de felicidade.

Em pouco mais de duas décadas de vida, ela aprendeu bastante.

Mas ainda continua insegura consigo mesma, o que é pior ainda. Está com certas decisões em mente que pode sacrificar muitas coisas que ainda tem pra viver.

Um dia, ela me disse que se distanciou de pessoas que não queria se distanciar. Não entendo agora o porquê de querer se distanciar de pessoas que não querem sua distancia. Talvez por que querer não é poder... talvez.

Se ela é perfeita? Sim, é sim. Na visão das pessoas que realmente gostam dela, ela é perfeita. Complicada, mas perfeita.

Nós vemos as pessoas errar, amar, crescer e voam e, com o tempo elas sabem onde pousar.

Ela passa por problemas e a vidas que passam por problemas maiores ainda. É fase. Tudo na vida é fase. Ela acredita que o mundo conspira contra ela. Acredita que curtir é o mesmo que viver.  Acreditou muito nas pessoas, mas hoje não sabe mais o que é verdade, o que é real. Já viu um dia demorar um ano e um ano parecer passar num dia.

– Bom dia – disse uma voz jovial as suas costas.

– Bom dia – retribuiu, mostrando um sorriso. – O que está fazendo por aqui?

– Procurando por alguém que anda perdido – respondeu o rapaz. – Posso sentar ao teu lado?

– Mas se você sentar irá atrasar sua procura – respondeu.

– Eu só preciso respirar um pouco. A caminhada foi longa.

– Está cansado de procurar? – perguntou, dando espaço para ele se acomodar.

– É meio complicado você procurar quem não quer ser achado – ele a olhou com simpatia. – Você tem olhos lindos, um belo cabelo e um sorriso encantado. Você é linda.

– Brigada – baixou a cabeça, um pouco envergonhada.

– Porque roer as unhas? – indagou.

– É mania. Fico assim quando penso demais.

– E no que anda pensando?

– No rumo que minha vida anda levando.

– Percebi sua mochila gorda. Pelo visto não são cadernos.

– São roupas – disse puxando a mochila para mais perto.

– Para onde vai?

– Voltar para o lugar onde sinto paz.

– Pelo visto a cidade grande não te trouxe bons frutos.

– Bons e ruins – balançou a cabeça.

– E no que voltar resolve? – ele perguntou olhando aqueles olhos tristes. – Com certeza frutos que você deixou aqui, não conseguirão sobreviver por muito tempo sem ser regados.

– Não sei se resolver – suas respostas vinham suaves. – Eu ando tão...

– Perdida – completou corretamente. Ambos sorriram de leve. – A paz não é um estado de espírito, você não precisa mudar de opção para estar bem consigo mesma. A paz é uma forma de vida. Não importa o lugar que esteja, mas estando com pessoas que te faça bem, que você possa sorrir sem esconder um choro e saber aproveitar uma crítica como lição, ou seja, assim estará em paz.

– Você é um anjo, mas eu to com tantos problemas, muitas coisas tem me deixado louca.

– Problemas todos têm – respondeu o rapaz que não lhe despregava os olhos. – Você vai desistir de uma boa parte de sua vida, de amigos, trabalho, sonhos, por causa de seus problemas? Desculpe-me se eu estiver errado, mas isto não é mudar para o bem de ninguém, nem pra você, muito menos encontrará alguma paz.
Ela fitou o rapaz. Seus olhos não mentiam e ela sabia que não podia mais viver enganando a si mesma. Respirou fundo. Parou de roer as unhas. Olhou para o rapaz de cabelos lisos castanhos escuros. O rapaz retribuiu o olhar para a moça de cabelos lisos escuros com luzes loiras.

– Você não costuma desistir fácil, não é? – perguntou ao rapaz.

– Não – respondeu sem titubear. – Eu aprendi que desistir das pessoas não faz parte da minha vida. Eu acredito que, tudo que passamos pela vida, não acontece por acaso. Às vezes você pode pensar que o mundo desistiu de você, mas não. É você que mente pra si mesma que desistiu.

– Você é mesmo um anjo?

– Se você ajudar pode descobrir que além de anjo, eu posso ser o seu amor. – o rapaz tocou sua mão. Os dois se olharam. – Não dá pra ficar longe de você!

Ela baixou a cabeça. Seus olhos brilhavam, mas sua mente ainda estava confusa. Olhou para ele e disse:

– Eu fiz muitas coisas quando estive longe. Por mais errante que eu poderia estar, você sempre esteve por perto. Eu te fiz sofrer, passar por coisas terríveis. Rejeitei-te por várias vezes e disse coisas que você não precisava ouvir, mas... você ainda continua aqui... por quê?

– Porque eu acredito que aquela pessoa que eu conheci, ainda existe aí – ele tocou seu coração com uma das mãos e com a outra permaneceu segurando-a. – Muitas vezes quis aprender a conviver sem você, mas todos os dias eu luto contra meus desejos, minhas vontades e o meu Ser. Eu luto contra o que sempre quis quando te conheci. Todos os dias eu luto contra o amor que sinto por você. Mas isto é inútil, é uma besteira lutar contra isso. – os dois mantiveram um silêncio que palavras começaram a faltar. – Porém, eu não posso decidir por você. Já tentei várias vezes te mostrar um bom caminho, mas parece que você ainda quer ir embora pra cada vez mais longe da minha vida.

O rapaz retirou sua mão de cima da dela bem devagar. Sentiu que era hora de partir, pois já não tinha mais o que falar. Talvez era isso que deveria fazer, pra sempre. E aquilo não era desistir. Ele já tinha dito o que queria dizer e o que precisava também.

– Permita-se amar novamente...

Ao dizer aquilo, o rapaz beijou-lhe suavemente a testa dela e lhe deu um leve sorriso. Começou a caminhar, aos poucos se afastando.

Ela sentiu um nó na garganta irromper e aconteceu algo que não acontecia há um tempo: uma lágrima caiu de seus olhos. E passos à frente, o rapaz partia escondendo seus olhos vermelhos. Mais uma vez ele lutava contra suas vontades.

Então ela se levantou.

– Anjo – o chamou com a voz firme.

O rapaz parou imediatamente. Virou-se devagar e a olhou. Ela corria. Seus cabelos dançavam com o vento. Ela parou ao seu lado. O coração dos dois pareciam querer sair pela boca. Ela o abraçou tão forte, que ambos se sentiram seguros para ficar naquilo por dias.

– Te amo – ela enfim disse a palavra que mudou tudo.

Por um momento ele pareceu se desequilibrar. Fazia tanto tempo que não ouvia aquelas doces palavras daquela doce pessoa.

– O quê? – perguntou para se certificar de que ouvira correto.

– Te amo.

– Então porque disse que não me amava?

– Por medo, mas apesar de tudo você sempre esteve diante de meus olhos e eu nunca quis enxergar. Perdoa-me pelas vezes que te machuquei.

– O seu medo roubou meu sorriso, minhas alegrias, quase que minha vida. Por tantas vezes eu pedi a Deus que você voltasse a ser aquela que conheci um dia. Seu medo roubou muito de mim. Tudo que você me fez acreditar, o medo roubou.

– Eu sei, nossas vidas mudam muito, mas eu sei que você ainda sente algo. Eu pensei muito no meu Eu profissional, nos estudos, mas havia esquecido o que tem grande valor também.

– Muitas pessoas te julgaram sem te conhecer, pelo o que você fez comigo. E sabe o que eu fiz?

– Não. O quê você fez? – ela perguntou.

– Te defendi. Porque são coisas que não admito. Nós dois já sofremos demais por amor. É hora de esquecer o que é sofrer e sim aprender a saber viver.

O rapaz avançou 90% e ela 10%. Foi um beijo estudado, com a química perfeita, como se fosse a primeira vez.

– Eu também te amo – respondeu ele, após o beijo envolvendo-a num abraço.

Todas as dores do mundo não faziam efeito alguma naquele momento. Eles podiam passar por tudo juntos, encarando tudo, arregaçando as mangas e vivendo sem medos.

– Antes eu tinha medo de te perder – ele recomeçou a dizer – e te perdi. Afora tenho medo de me machucar novamente. Porque se acontecer, eu...

– Não vai – ela colocou os dedos sobre seus lábios. – Vamos viver sem medos agora.

– Então você não vai embora?

– Não – respondeu com um sorriso.

Houve um novo beijo e a evolução da química se tornara maior.

– Agora sim posso ser seu anjo e seu amor.

– Digo o mesmo.

Assim, o rapaz pegou a mochila de roupas dela e colocou nas coisas. Os dois foram andando de mãos dadas parecendo duas crianças brincando.

O mundo e ás voltas que ele dá. Quem vai entender? “Não tente entender. Viver ultrapassa todo o entendimento”. 




    

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Flávio Galindo - "Verdades Mais Que Sinceras"


Texto escrito em 06/02/2008. Fatos fictícios, porém a história é verídica sobre como eu me sentia na época.



O despertador do celular toca. Ainda virando de um lado para o outro da cama, procuro encontrar o maldito e barulhento celular está.

Logo acima da minha cama, contém uma prateleira onde deixo livros favoritos como: A Arte da Guerra, As Cem Melhores Histórias da Mitologia Greco-Romana, O Código da Vinci, Anjos e Demônios, Além do Bem e do Mal, O Vendedor de Sonhos, entre outros. O celular se encontrava ali.
Levantei com tudo para pegá-lo e desligar aquele toque terrível de campainha. Levantei tão rápido e alto, que bati a cabeça e, o celular bem na beirada, caiu sobre mim.

Senti minha cabeça latejar e pedi a Deus pra não criar um calo. Desliguei o despertador. Eram 07:40. Da minha casa até o trabalho, na época, era questão de 20 minutos e eu entrava no serviço as 10. Então porque diabos o celular me acordou as 07:40? Eu nem me lembrava tê-lo colocado pra despertar tal horário. Vai entender.

Mesmo assim levantei com dificuldade, pois a intenção era levantar as 08:30. Fui tomar banho e sentindo aquela água bater em meu rosto, deixei pensamentos fluírem na mesma proporção da água. A dor na cabeça já passava, porém, a malvada indecisão subia-me a mente junto com um jeito confuso que eu tenho. Eu, Flávio Galindo, refém das minhas próprias escolhas.

Saí do banho e me troquei rapidamente. Minha mãe apareceu na cozinha quando fui tomar café as 08. Ela notou algo estranho: eu estava comendo um pão sem margarina e detalhe maior era que o pão era do dia anterior e estava quase duro. Logo percebeu que eu viajava por entre nuvens num espaço chamado Eu Mesmo.

– Bom dia filho – cumprimentou, sentando-se de frente para mim – realmente eu viajava e apenas acenei com a cabeça. – Tá tudo bem? – como resposta, novamente balancei a cabeça.

Mentir para a própria mãe é algo impossível. Eu levantei os olhos e encontrei os dela. Seu rosto me trazia sua voz: “Você realmente não esta bem.” Não agüentando mais tal silêncio constrangedor, acabei desabafando:

– Ok, eu não to bem – ela já sabia então se arrumou mais na mesa para me ouvir. – Eu to comendo um pão duro de ontem ,bati a cabeça ao levantar, tomei um banho gelado, coisa que nunca faço e agora, minha mente está a mil.

– O que te incomoda?

– Tudo, ou nada, eu não sei. Minha vida mãe. Incomoda como minha vida esta mudando, como hoje tenho responsabilidades, sentimentos, como me preocupo com os outros. Sabe mãe – eu larguei o pão duro em cima da mesa –, ás vezes eu só queria voltar a ser uma criança que não entendia como o mundo era difícil.

– Você não pode fugir de seus problemas, filho. Se você os criou, você deve continuar.

Olhei bem para aquela face sincera. Eu estava muito sério.

– Mesmo que isso seja magoar pessoas que você ama? – perguntei.

– Isso é sempre difícil pra nós. Fazer escolhas. Filho, ás vezes temos de sacrificar muito, porém, temos de ver se será um sacrifício válido.

– E como fazer para ver isso?

– Conhecendo.

– E quando se trata de duas pessoas?

Minha mãe agora havia expressado um “já sei de tudo”.

– Então você quer dizer que está em um muro, mas não sabe pra que lado pular? E você conhece bem essas duas pessoas?

– Eu não conheço bem nem a mim mesmo – respondi ironicamente e ela sorriu. Procurou estudar como eu estava me sentindo. – Mãe, uma vez um amigo meu me disse que agimos muitas vezes apenas com a mente, e muitas outras apenas com o coração. Ele disse também que o melhor jeito de agir, é juntando o coração e a mente numa só decisão.

– E pelo jeito, você está com uma no coração e com outra na mente, certo?

– Exato – enfim chegamos ao ponto crucial.

– Ok filho, então vamos estudar a situação. Há quanto tempo você conhece a pessoa que está na sua mente?

– Bom, creio que quase dois anos.

– E a pessoa que está em seu coração?

– Menos de um – respondi.

– E quando começou a conhecê-las melhor?

– Questão de meses. Na verdade, a pessoa que está em meu coração, começou a conquistá-lo de uma forma estranha, diferente e bonita. Moramos longe e somos jovens e percebemos que a amizade queria ganhar cores. Eu tava com minha ex ainda. Quando terminei com a ex, a pessoa que mora na minha mente, me pegou de surpresa e me apeguei muito a ela. E nesse meio tempo, a que mora no meu coração estava longe, mas só foi ela voltar e os meus sentimentos adormecidos se afloraram. As coisas certas acontecem em momento errados, mãe.
– Entendido. Você não está com a pessoa do seu coração, porque não quer machucar e porque se apegou a pessoa da sua mente. Mas filho parece que você está com dó da garota. Dó de terminar com ela e vê-la sofrer.

– Não é dó mãe e ela não será a única a sofrer.

– Não venha com essa, você estará praticamente trocando-a por outra. Você irá ficar mal por dias, mas ela ficará por meses.

Nós dois nos calamos por um breve espaço de tempo, até o momento em que pousei minha cabeça por entre meus braços na mesa.

– Dá vontade de sumir.

– Arque com suas consequências, filho.

– Eu não me arrependo de nada, mãe, nada mesmo. Mas é o que eu disse e volto a repetir: as coisas certas acontecem em momentos errados.

– Porque você não junta pela primeira vez na vida, a sua mente e seu coração? Assim fará a decisão certa e não haverá momentos errados.

– É porq... é... – eu gaguejei. – eu... eu tenho medo.

– O medo só nos faz impedir de tentar. E você precisa arriscar mais, igual fez ao terminar com sua ex. Você sabia que não tava certo e não queria mais viver aquilo. Machucaram-se, claro, mas foi passageiro. A gente sofre apenas se a gente quiser... e você está sofrendo com essas indecisões.

– É mãe, mas nada me garante que agora será igual.

– Você começou a namorar sério, digamos que com 17 anos, mas em compensação, isso só te trouxe pessoas que queriam algo sério com você, o que resultou e resulta na pessoa que está aqui do meu lado hoje: confusa consigo mesma, medo de machucar sentimentos e pessoas, mas por este motivo, se auto apunhala – baixei a cabeça, ainda mais pensativo. – O tempo o tornou fraco, meu filho.

– Não mãe – levantei a cabeça –, não me tornou fraco. Me tornou uma pessoa que guarda muito pra si; me tornou alguém que se alegra com a felicidade alheia, mesmo estando bem ou não; me tornou alguém que se preocupa com sentimentos. Eu confio nas pessoas, mas nem tanto pra contar meus segredos. Muitas vezes eu nem confiei em você, mãe. Não te disse muitas coisas que deveria.

– E porque hoje você me diz esse assunto?

– Porque quero voltar a acreditar que tenho uma mãe que pode me ouvir e me aconselhar, independente de eu estiver certo ou errado. Não quero só uma mãe, quero uma amiga. Uma melhor amiga.
Houve mais uma nova pausa em que a mente da minha mãe funcionava a 300 por hora. Ela me olhou com um rosto sério que, logo foi trocado por um sorriso amigável.

– Creio que conheço a dona do seu coração.

– Sim mãe, é ela mesmo.

– Eu sabia – bateu palma. – Vocês acreditam no destino?

– Até demais.

– Filho, com o tempo você terá sua resposta. Haverá de vir à luz que você precisa pra te iluminar. Você só precisará segui-la e passar pelos obstáculos.

– Me responde uma coisa: você acha que sou igual ao pai? Digo, em relação a relacionamentos e em como tudo termina?

– Bom, o filho tem merdas semelhanças com o pai, mas você é muito diferente dele para com mulheres, apesar de você ainda ter que tomar muito juízo e ser mais positivo consigo mesmo. Mas te deixo um conselho: se não quiser perder todas as mulheres de sua vida, nunca toque a mão em uma que não seja para amá-la!

– Será um conselho que vou seguir.

– Eu sei que vai.

– É realmente a vida é feita de mudanças, boas ou ruins e ás vezes, as duas juntas – ambos concordamos.

– Só tenha a cabeça no lugar e aja com sabedoria. Quando for a hora certa, junte o coração e a mente e decida.

– O ruim é saber à hora certa, mãe.

– Fica tranquilo, você irá saber à hora certa. Virá de dentro de você, ou quem sabe já chegou e você ainda não percebeu. Que não seja tarde demais. Ninguém vai esperar pra sempre por suas decisões. As pessoas sempre querem ares novos para respirar e um dia se enchem de esperar.

– Quer dizer que devo deixar a pessoa do meu coração viver a vida dela e tentar esquecer-se de mim?

– Não filho. Disse apenas que tem que decidir enquanto pode.

Peguei meu celular no bolso. Era pouco mais de 9 horas e eu já tinha que ir trabalhar. Despedi-me dela e fui ao trabalho.

Foi uma ótima conversa que me rendeu muito. Fui todo o caminho pensando nas sábias palavras de minha mãe. Foi a primeira vez que tive uma conversa com ela em que fui ouvido e escutei.
Minha cabeça ainda continua a mil, mas eu só sei de uma coisa: o que quer que aconteça, nunca deixarei de te amar.

F.S.G.

B.M.G.

N.A.M.

Osasco, 06 de Fevereiro de 2008