segunda-feira, 30 de julho de 2012

Flávio Galindo - Foste Ausência

Ei Drummond, estiveste certo por todo este tempo
Sim, tenho razões de sentir saudades
Eu amei, digo-lhe claramente que amei
Tenho razões de acusar motivos que rompeste sem despedidas e partiste de minha vida.
A aquilo que juraste outrora no outono e deixaste na primavera as folhas caídas


As horas são vagas e tudo se torna obscuro
os abraços apertados e os singelos beijos selados de amor fostes ao véu
o afeite pela amizade e o poder do verdadeiro selou a batina final
não existindo mais verdades.


Sim Drummond, estiveste certo por todo este tempo.
Tenho razões para sentir saudades,
desde o papo alegre em falas calmas, do simples ato da soma
sem enlouquecestes com as horas, sem crer que o impossível exista
sem proferir falas absentas de carinho e união. 


O que aconteceste então, pergunto-lhe revogando a tirania
trazendo á tona a benevolência existente numa parte funda deste ser adormecido
Serás possível, Drummond? 
Com o solstício que movimentaste sem prazo de rotação
e a despedida sem despediste?


Ousaste sem saber ousar e creste estar com algo que não és nada
ao ponto de subjugaste sabichão sem que nem apertaste as mãos
Estiveste então todo este tempo com máscaras, Drummond?
Fizeste então acreditar que a perna curta foste novamente a inimiga?
A que ponte chegaste com este devaneio, Drummond?  


Saudades de ti eu tenho razões, mas tu foste como já foste uma vez
Como um sequestro tirano da Ditadura Militar, como o suave doce lambuzado da criança aos prantos
Foste. Não há razões mais para saudades sentir.
Leis quebradas. Novas épocas. Acuso-te como outrora sabendo de erros humanos de todos nós.
Mas foste e desta vez sem prazo de devolução.


Aquele vaso que quebraste com cola não seguraste
prendeu-te com fita, enrolaste os grandes cacos
entretanto os pequenos ficastes visíveis e deles emanaste o odor.
És hora de redescobrir-te. Começaste por alicerces com retornos impecáveis. 


F.G.


sexta-feira, 27 de julho de 2012

Flávio Galindo - Caminho

Por mais que o mundo me vire às costas e me dê um peso que eu sempre ache difícil de agarrar, não vou desistir. Nunca desistirei. Não vou mudar para me adaptar a este mundo trágico com a descrença do amor. Eu prefiro ser a exceção boa e lúcida desse mundo perdido, do que me perder com ele, porque eu sei que lá no fundo existe um alguém que vai valorizar de verdade isso.

Nesta estrada eu só quero estar entre pessoas doces, límpidas, verdadeiras e dispostas. No meu caminho quero bater de frente com luz, desapego e paz! Claro, com muito amor!

F.G.




quarta-feira, 25 de julho de 2012

Flávio Galindo - Dia do Escritor

Fala a verdade: que delícia é ler um bom livro, não é mesmo?

Sabe gente, eu venho pensando nessa questão de tempos para cá. Não sou um profissional da escrita, mas dedico um tempo ás letras. Não tenho essa missão de salvar o mundo com a literatura, mas devo dizer que não vejo limites ao escrever. A nossa imaginação é fantástica e a leitura em si é abrangente, te levando ao "infinito e além". 

Houve um tempo em que imaginei que a vida era assim, em que teríamos uma grande aventura onde o bonzinho (ou seja, você) vence e aquele amor correspondido se torna para sempre ao seu lado, como acontecem em vários livros. Mas não. O livro nos auxilia a termos essa imaginação supérflua justamente para fugirmos de uma realidade devasta de amores. Ler e escrever nos dão asas (não como tomar Red Bull, mas parecido) aos nossos pensamentos e a criatividade.

Ao escrever, você leva uma responsabilidade em ser honesto consigo mesmo e com os leitores, pois serão a partir de suas ideias que serão levadas opiniões boas ou ruins.

Ser escritor é como ter o universo nas mãos e o mundo nas costas. Por isso agradeço primeiramente a Deus por este dom. Agradeço a todos os escritores que trouxeram cada estória fantástica para aprimorar nossas ideias, para trazer ao mundo estórias recheadas de amores, suspenses, tramas e muita inteligência em solucionar os casos ao decorrer de cada deliciosa página virada. Que gosto maravilhoso ter um livro em mãos e devorá-lo, ter acesso a discutir o tema com os amigos e até mesmo com o próprio escritor, o que pra mim, ter acesso a um papo com o idealizador da estória, é algo único.

Parabéns a todos os escritores!

Que nossa imaginação nos leve ao mundo dos sonhos, da fantasia e da liberdade, onde além de agregarmos muito para a vida real com cada lição que cada livro nos proporciona, podemos ser o que quisermos.

Vai em frente! Se aventure! Viva!