Trecho do livro em que Ben tem um pesadelo estranho na noite que antecede o seu aniversário. Depois, a conversa com sua mãe:
O jovem Benjamin Tavares Rodrigues se debatia em sua cama, virando-se de um lado para outro. Estava dormindo, suava muito e seus olhos estavam fechados.
Era um pesadelo. Imagens de diversas situações rodavam em sua cabeça, como um trailer de um filme. Havia coisas que ele não sabia o que era e por que apareciam, como por exemplo, raios de luzes muito fortes, imagens do planeta Terra visto de cima, lugares estranhos e destruídos, como prédios e casas desabadas, pessoas mortas, muitas aparentavam estar mortas por fogo ou algo muito quente.
Então os flashes pararam e o jovem continuou a ver, em sonho, aquele lugar destruído com pessoas mortas. Os pés de Ben tocaram o chão. Ele era o único que estava vivo ali. Então começou a andar, mas com todo o cuidado para não pisar nem tropeçar nos corpos de rostos queimados de forma aterrorizante. Rostos pretos iguais a carvão. Eram rostos de humanos. Outros faltavam partes do corpo.
Havia alguns prédios ainda em pé, só que estavam muito destruídos. Então o jovem avistou mais a frente uma pessoa viva. Pelo formato de seu corpo e sua altura, era um homem. Ele estava sentado em um trono a alguns metros de Ben. Ele estava coberto com uma gigante capa vermelha que cobria todo seu trono e também sua roupa de baixo, que chegava até os pés. O rosto do homem estava coberto pela sombra de um prédio mal acabado mais atrás. Suas mãos estavam abertas, colocadas nos apoios do trono e seus pés também abertos. Ele aparentava ter um corpo atlético, bem definido.
Ben olhou-o fixamente e para isso, teve que parar de andar. Ele apertou os olhos, o sol era muito forte e o jovem não conseguia ver aquela pessoa com nitidez. Não conseguia ver o rosto do outro.
– Quem é você? – perguntou Ben, agora andando sem olhar por onde pisava.
Não houve resposta. Parecia apenas que o homem o observava atentamente.
– Você matou... toda essa gente? – insistiu com outra pergunta, apontando com a mão aberta para os corpos, porém não desviando o olhar do homem que acenou para ele.
Ben parou. O calor estava terrível. A hipótese de ter sido o calor do sol que queimara as pessoas, fora por água abaixo. Havia também corpos dilacerados. O jovem, em um impulso, recomeçou a andar, só que bem mais rápido e olhando fixamente para o homem.
– Por que você fez isso???
Então Ben tropeçou em um dos corpos e caiu de cara no chão, fazendo levantar muita sujeira. Ainda no chão, Ben foi completamente coberto por uma sombra. Aos poucos levantou a cabeça. O homem que estava de pé ao seu lado recuou alguns passos para o sol poder bater em seu rosto. Fez isso justamente para que o jovem não visse seu rosto, pois quando Ben olhou para ele, um forte raio de sol bateu em seu rosto e ele mal conseguia abrir os olhos. Ben tentou levar as mãos até o rosto, mas elas estavam presas cada uma debaixo de um corpo que se moveu com o impacto no momento que o jovem caíra ao lado deles.
– Simples – disse o homem, com uma voz fina e cortante. – Eu odeio humanos. Esqueceu disso, Benjamin?
– Como sabe meu nome? – perguntou, apavorado.
– Eu sei tudo sobre você.
Ben olhou toda aquela capa vermelha que cobria o homem. Sem vento nenhum, a capa nem se movimentava. Parecia um espartano, só faltava seu elmo, escudo e espada.
– Um super herói não faz esse tipo de coisa.
– Ah, a capa vermelha – disse o homem em tom irônico. – Pois é Ben, é que a parte boa de herói bom não existe mais. Eu lembrei de tudo e tenho um destino a seguir. Venha comigo – o homem estendeu o braço direito para o jovem – ou morra como os demais.
Ben olhou o homem com o braço estendido.
“Acorde Ben”, disse uma voz feminina bem distante em sua cabeça.
Num rápido momento, Ben colocou toda sua força na mão direita e conseguiu soltá-la do corpo que a prendia. O homem ainda com a mão estendida para ele, entretanto Ben não a agarrou, mas segurou com força a capa. Nessa hora, Ben fechou os olhos o mais forte que pôde e puxou a capa vermelha com muita força.
Acordou em sua cama com um pulo, ficando sentado. Sua mãe estava ao seu lado.
– Calma filho, foi só um pesadelo – disse Laiz, sentada ao seu lado.
Na mão direita, a mesma em que o jovem segurou e puxou a capa do homem em seu pesadelo, ele segurava alguma coisa, só que não queria ver o que era. Seus cabelos estavam molhados de suor e sua camiseta branca também. Ben nem havia reparado que sua mãe estava enrolada em um roupão de banho branco.
– Foi só um pesadelo – disse novamente, na intenção de acalmar o filho.
– Mãe, o que eu há em minha mão direita? – perguntou Ben, ainda com medo de olhar e apenas olhando sua mãe.
– Você está segurando – começou a responder, erguendo-se um pouco para ver melhor – seu cobertor que, por acaso, está quase a cair por completo da cama.
Laiz puxou o cobertor de volta para a cama e Ben o soltou, aliviado. O cobertor o cobriu, porém o jovem estava muito suado e com muito calor e o deixou de lado. Cobertor vermelho, capa vermelha, coincidência ou não?
– Está tudo bem filho? – indagou Laiz, segurando em seu ombro.
– Mãe, tem como uma pessoa mudar o destino de um mundo inteiro? – perguntou Ben, ser dar atenção a pergunta de sua mãe.
– Bom, de um jeito sim, mas por quê essa pergunta?
– No meu sonho, eu estava em um lugar totalmente destruído com pessoas mortas por toda parte, apenas eu e mais uma pessoa estávamos vivas, mas não consegui ver quem era. Ele era o mal da estória. Eu estava em desvantagem contra ele – Ben olhou nos olhos de sua mãe. – Haveria alguma hipótese de eu vencê-lo?
– Bom filho, no final o bem sempre vence, mesmo com desvantagens no decorrer da luta.
– Isso é verdade, mas acontece apenas nos filmes de Hollywood.
– E nos seus sonhos também – disse calmamente como de costume –, só é uma questão de saber controlar seu sonho, aí nada poderá te machucar.
– E como saberei como e quando controlar meus sonhos, se eu nem sei quando estou mesmo sonhando?
– Você vai perceber que tais coisas não estão em seus respectivos lugares, que as pessoas estão com aparências estranhas e você saberá quando for realmente um sonho.
Controlar seu sonho. Ben ficou pensativo nisso, sentado em sua cama. Mas pareceu tão real aquilo tudo. Iria ser difícil saber, quando estaria tendo um sonho ou não.
– Eu ouvi sua voz a me chamar – lembrou, voltando a conversar com sua mãe –, então passou pela minha cabeça que tudo aquilo podia não ser real. Foi aí que consegui mexer uma das minhas mãos e acordar.
– Viu? É assim que começa. Logo, estará voando livremente em todos seus sonhos e nunca irá querer acordar.
Os dois riram como crianças que assistiam a desenho animado. Laiz viu a foto que estava na cama de Ben. A foto dela, com Leandro e o filho deles ainda bebê. Seu sorriso ficou fraco quando segurou a foto.
– Você ainda dorme com essa foto? – perguntou Laiz, olhando-a com um imenso nó na garganta.
– Sim, durmo. E olha que ela nem amassa e nem rasga. Durmo com ela todas as noites. Sinto-me protegido.
– Você é cuidadoso – elogiou-o. – Filho?
– O que foi mãe?
– Feliz aniversário.
Ben não lembrava que já era o dia de seu aniversário. Na noite passada, com Cínthia, John e até mesmo com sua mãe, havia perdido a noção da data que estava tão próxima. Ainda mais depois do pesadelo que tivera, não lembrava muito menos da data. Ele sorriu de canto para sua mãe e seu rosto de assustado, fora trocado por uma expressão mais suave
– Obrigado mãe.
Ben fez menção de abraçá-la, mas...
– Você já tomou banho não é, mãe? – perguntou, só agora reparando o que sua mãe trajava.
– Sim, já, porque a pergunta?
– Para você não tomar outro banho, espera que vou tomar o meu, que depois eu te abraço, ok?
– Tudo bem filho – sorriu Laiz.
...
A série "O Guerreiro das Estrelas" é uma obra cujo direitos autorais pertencem a Flávio Galindo, nascido em 07/05/1989 na cidade de Osasco, na grande São Paulo.
Erros grotescos que cometestes, hã, senhor Flávio Galindo? Talvez alguns do tipo "raios de luzes" ou a mãe que parece ter menos maturidade que o filho e, ao invés de abrir-lhe os olhos e mostrar toda a porcaria que há no mundo, simplesmente diz que "o bem sempre vence no final", pudessem ser driblados.
ResponderExcluirDe boa, eu creio que o seu texto precisa de uma revisão melhor. Parece surreal demais isso acontecer, até mesmo em uma ficção. Fora que, se é um pesadelo que realmente "abre" os acontecimentos, é bom dar mais enfoque nele, detalhando as queimaduras nos corpos, mostrando que da carne sobrou apenas algo próximo do carvão, envolvendo os ossos. Os rostos com as órbitas vazias, deixando um aspecto tenebroso para Benjamin, que passava. Falar mais dos cheiros, da ausência de barulho, do tato do Ben.
Erros simples que poderiam ser apontados pelo próprio MSWord, outros que poderiam ser claramente vistos por um revisor decente, senão por tu mesmo durante uma revisão de rotina. Se pretendes realmente publicar isto com intenções de agradar a todos e a si mesmo, precisa mudar bastante coisa, começando por reescrever e percerber como as pessoas interagem entre si, como são as conversas de rotina entre você e sua família, amigos, assim pode-se ter uma base sobre que diálogos podem ser elaborados.
Eu sei que é um fardo receber críticas assim, porque eu escrevo e sei como é chato receber críticas que não são positivas, mas, Flávio, pára pra pensar: se ninguém te der um toque de vez em quando, nunca sua escrita melhorará.
Atenciosamente,
Carlos Moreira.
Caro colega,
ResponderExcluirPrimeiramente as honras de boas vindas: boa noite.
Chegar atirando e com sete pedras a mão, não é nada interessante para alguém que se auto-denomina "autor".
Entretanto, gostei de sua crítica em relação ao trecho, mas nao se preocupe, pois isto é apenas um esboço. O livro será sim publicado.
Agradeço pelos toques, eles serão de muito bem uso. Suas palavras da mesma forma que foram delicadas, vieram com tudo e percebi alguns inofensivos, mas grotescos erros, mas novamente digo que isso é parte de um esboço.
Obrigado pelas palavras e atenção.
Me manda alguma coisa sua pra ler, algo que você já tenha escrito e/ou publicado.
Será bacana ver o resultado do trabalho de quem falou bonito em uma crítica.
Uma dica: "pára" não tem mais o acento, motivo da nova ortografia. Cuidado com os erros grotescos.
Cordialmente,
Flávio Galindo.
Prezado Flávio,
ResponderExcluirComo revisor de alguns textos do Carlos, te atento de algumas coisas mal pensadas, por exemplo:
"Ben olhou toda aquela capa vermelha que cobria o homem. Sem vento nenhum, a capa nem se movimentava. Parecia um espartano, só faltava seu elmo, escudo e espada.
– Um super herói não faz esse tipo de coisa."
Se coloque no lugar do seu personagem, imagine que você está em um lugar onde só haja morte por todos os lados, a última coisa que você diria é "–Um super herói não faz esse tipo de coisa"
Além de tudo, a histôria tem um quê de "Hã?", vide a parte que Ben está conversando com sua mãe.
Creio que uma pessoa que não esteja aberta para críticas e que seja irônico com os críticos não tem moral para corrigí-los, principalmente se estes não estão errados(Sim, acho que fui irônico...).
"Pára" não está errado visto que ainda temos dois anos para incorporarmos a nova ortografia na gramática portuguesa, logo você foi infeliz em seu comentário.
"Agradeço pelos toques, eles serão de muito bem uso".
Uma dica: a frase correta seria "Agradeço pelos toques, eles serão de muito bom uso". Cuidado com os erros grotescos.
Atenciosamente
Danilo Henrique
Senhor Flávio,
ResponderExcluirVejo que o Danilo já esteve aqui e, como já era de se esperar, disse algumas coisas com as quais eu concordo - quanto ao acordo ortográfico que ainda não é necessário colocar em uso-. Acho que não precisarei narrar uma epopéia para dizer que, da última vez que postei, tinha pouco tempo para fazê-lo.
Pois bem, quanto aos meus textos, infelizmente não os tenho publicados, tampouco posso, já que normalmente eu escrevo contos, crônicas e fanfics, as quais estou - por falta de palavra melhor para definir - colecionando desde os quatorze anos, ou seja, desde o ano passado. Mas, assim que os tiver em um blog ou algo do tipo, como era minha pretensão, passarei com certeza os links para o senhor, certo?
Apenas algo a adicionar com relação ao seu comentário "Será bacana ver o resultado do trabalho de quem falou bonito em uma crítica": para se fazer uma crítica a respeito de alguma coisa não é necessário fazer melhor. Basta ter um pouquinho de conhecimento sobre o que se fala ou, no caso, escreve.
Desculpe pela investida no meu último comentário, é que eu aprendi a escrever realmente na base da "patada" e tenho uma leve tendência ao uso dessa mesma técnica... mas que fique claro que a intenção ao tecer esse comentário não foi simplesmente apontar os erros e ocultar os meus. Quis fazê-lo construtivamente.
Atenciosamente,
Carlos Moreira.
Essa coisa de "erros grotescos" pegou, pelo jeito.
ResponderExcluirOlha, vou falar com em um todo: eu não to aqui pra agradar a todos. As críticas são e sempre serão de boa ajuda, em termos. Outra coisa a ressaltar é que eu não serei totalmente "Professor Pasquale" aqui no blog.
Coloquei em pauta, um trecho do meu esboço, como já citei acima. Então, a forma que estou respondendo a vocês, não é de forma profissional, mas sim apenas para que compreendam o que estou transpassando no comentário de resposta.
Cada um escreve de sua maneira. Obrigado mais uma vez pelos toques.
Ótimo o Carlos ter um revisor, apesar da pouca idade, é ótimo para seu crescimento, mas ressalto que todos estamos crescendo.
Sou abertos a críticas, senhor Danilo, mas da mesma forma que o seu Skywalker escreveu como forma de "patada", eu respondi pra bater de peito, pois honestamente não vi nada de tão construtivo assim em sua primeira mensagem.
Acho que seu Anakin, primeiramente, deveria se atentar ás palavras que diz porque quer, pois daí a consequência é ouvir o que não está preparado. E, Carlos, não quero que seja melhor ou pior, mas é que é bom ver parte do seu trabalho também. Se entende, é porque faz e se faz, é porque também deve estar aberto as possíveis criticas que, com certeza, no meu ponto de vista mais sincero, serão construtivas.
Não tenho um revisor igual a você, e nunca tive, então de seus recursos, não possuo. Por este motivo, meus textos todos aqui do blog estão sem revisão.
Antes de achar que pode fazer uma crítica construtiva sobre algo, procure entender os principios do mesmo.
Danilo, não é porque temos 2 anos ainda para incorporar a nova ortografia, que continuaremos usando uma quase que inexistente. Onde você tem visto isso ultimamente? (Digo isso em questão de novos livros publicados, revistas, textos e jornais.)
Este assunto se encerra por aqui no meu blog.
Caso queiram ainda manter contato, ou discutir sobre o tema "em aberto", estou disponível quase que 24hrs/dia no email: flaviogalindo.kent@gmail.com